MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS
   

1. Processo nº:302/2021
2. Classe/Assunto: 8.ATO DE PESSOAL
7.APOSENTADORIA - Conforme PORTARIA: 001557/2020 De: 04/11/2020
3. Responsável(eis):SHARLLES FERNANDO BEZERRA LIMA - CPF: 58602640110
4. Interessado(s):ANA MARIA DE LIMA - CPF: 46866264200
5. Origem:INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO ESTADO DO TOCANTINS - IGEPREV TOCANTINS
6. Órgão vinculante:SECRETARIA DA EDUCAÇÃO JUVENTUDE E ESPORTES

7. PARECER Nº 2134/2021-PROCD

Egrégio Tribunal,

 

Tratam os presentes autos da análise da legalidade da Portaria nº 1557, de 04 de novembro de 2020, publicada no Diário Oficial do Estado do Tocantins nº 5.720, de 09 de novembro de 2020. Aludido ato administrativo concedeu Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição com proventos integrais à segurada Ana Maria de Lima, Professora Normalista, Nível III, Referência "C", integrante do Quadro do Magistério, com lotação na Secretaria de Educação, Juventude e Esporte, matrícula nº 577604/1.

A instrução processual cumpre com as exigências previstas nos arts. 19 e 20 da Instrução Normativa nº 03/2016, desta Corte de Contas, trazendo os devidos dados e informações necessárias à análise que se pretende realizar.

O Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins, por meio do Parecer Referencial nº 001/2019 da Procuradoria Geral do Estado, emitiu parecer jurídico favorável à concessão do benefício em questão. A manifestação jurídica referencial esta disciplinada na Orientação Normativa AGU n° 55, de 23 de maio de 2014.

 A Divisão de Fiscalização de Atos de Pessoal deste Tribunal de Contas e o Conselheiro Substituto Wellington Alves da Costa, manifestaram-se pela legalidade da Portaria nº 1557, de 04 de novembro de 2020, e pelo seu consequente registro nesta Corte de Contas.

Após, os autos vieram a este Ministério Público de Contas, para análise e emissão de parecer.

É o relatório.                                                              

 

 

A Constituição Federal, em seu art. 71, inciso III, confere ao Tribunal de Contas da União a competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

Por sua vez, o art. 75, também da Carta Magna, estende a competência supracitada aos Tribunais de Contas Estaduais, ao do Distrito Federal, bem como aos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Nesse sentido, o Regimento Interno deste Tribunal de Contas estabelece, em seu art. 112 que, no âmbito estadual e municipal, a competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de aposentadorias cabe a esta Corte de Contas, mediante processo específico ou de fiscalização, na forma estabelecida em Instrução Normativa.

Sobre a matéria, a Lei Orgânica deste Tribunal, em seu art. 109, II, também prevê a obrigatoriedade do registro das concessões de aposentadoria perante esta Casa Especializada.

Assim, vale ressaltar que a participação do Procurador Geral de Contas é obrigatória nos processos concernentes à admissão de pessoal e concessão de aposentadoria, reformas ou pensões, já que a ele compete a missão de guarda da lei e fiscal de sua execução, conforme preceitua o art. 145, II, do Regimento Interno desta Casa.

Outrossim, a concessão do benefício previdenciário ora analisado encontra amparo na seguinte legislação: art. 40, § 5°, da CF/88; EC n° 41/2003, art. 6°, incisos I a IV; Lei Estadual n° 1.416/2005, arts. 26, inciso I, alínea “a”, item 3, 44, incisos I a IV, § 1°, 55, caput, 56, 57, 59 e 75, incisos I e II, §§ 1° e 2°, incisos I e II, alínea “a”. com alterações da Lei n° 2.581/2012; Lei Estadual n° 1940/2008, art. 20, inciso IX.

 Desse modo, da análise dos documentos acostados aos autos e de toda legislação atinente ao caso, verifica-se que a segurada Ana Maria de Lima atendeu aos requisitos impostos para a aquisição do direito à Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição.

Diante do exposto, este Parquet Especial, no exercício de suas atribuições institucionais, opina pela legalidade do registro do benefício previdenciário em análise, outorgado por meio da Portaria nº 1557, de 04 de novembro de 2020, que concedeu Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição com proventos integrais à Senhora Ana Maria de Lima, Professora Normalista, Nível III, Referência "C", integrante do Quadro do Magistério, com lotação na Secretaria de Educação, Juventude e Esporte, matrícula nº 577604/1.

É o parecer.

 

 

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS, em Palmas, Capital do Estado, aos 01 dias do mês de setembro de 2021.

 

 

José Roberto Torres Gomes

Procurador-Geral de Contas

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS, em Palmas, aos dias 01 do mês de setembro de 2021.

Documento assinado eletronicamente por:
JOSE ROBERTO TORRES GOMES, PROCURADOR (A) GERAL DE CONTAS, em 01/09/2021 às 16:02:48
, conforme art. 18, da Instrução Normativa TCE/TO Nº 01/2012.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://www.tceto.tc.br/valida/econtas informando o código verificador 155682 e o código CRC E54438A

Av. Joaquim Teotônio Segurado, 102 Norte, Cj. 01, Lts 01 e 02 - Caixa postal 06 - Plano Diretor Norte - Cep: 77.006-002. Palmas-TO.
Fone:(63) 3232-5800 - e-mail tce@tce.to.gov.br